Encontro Geral de Monitores 2023 – Luta de Classes

Encontro Geral de Monitores(as) do MEPES, discute Tema “Luta de Classes”

Realizado entre os dias 23 e 24 de fevereiro de 2023, no Centro de Formação e Reflexão do MEPES (CFR), o encontro geral de monitores reuniu mais de 100 profissionais de 11 Escolas Famílias Agrícolas e de Turismo da rede MEPES. O encontro, possuía como objetivo geral: Compreender as concepções da Pedagogia da Alternância que envolvem a prática pedagógica, a avaliação e a relação opressor-oprimido no contexto da luta de classes.

O evento foi coordenado pelo CFR, juntamente com a gerência pedagógica do MEPES, e reuniu monitores de escolas da região sul, serrana, norte e noroeste do Estado, e contou com assessores externos, sendo eles os professores Dr em Educação Edivaldo José Bortoleto e Valter Giovedi.

Para a Monitora e Coordenadora Administrativa da EFA Jacyra de Paula Miniguite, em Barra de São Francisco, Sânia Lopes Bonfim Aniszewski o tema do encontro provoca nos educadores o senso crítico, e amplia a formação do monitor, “O tema é importante para despertar no monitor o senso crítico, o momento é oportuno, penso que muitos monitores não tiveram acesso a essa formação. Precisamos de monitores que compreendam a luta de classes, que despertem em nossos estudantes a sensibilidade humana”.

Para o Gerente Pedagógico do MEPES e coordenador do Centro de Formação, Joel Duarte Benísio, o debate do tema remete a questões históricas e atual, que é a luta de classes, “Para o Mepes, em sua prática pedagógica e formativa, deve pautar em sua ação, não só o conceito da luta de classes, mas vivenciar esse conceito em seu cotidiano, na sua vida, não só em sua gênese enquanto constituição, mas também estar vinculado a uma perspectiva de um outro projeto de sociedade”.

Givaldo Carneiro da Silva, monitor da EFA de Olivânia, compreende que o tema do encontro provoca as possibilidades de união dos trabalhadores enquanto luta em conjunto, “Nós fazemos parte de uma luta de classe num contexto geral, de país, desde sua colonização, onde os pobres, negros e índios não tiveram direito aos seus direitos constituídos em lei. É importante essa luta (de classes), ser feita numa sincronia entre todas as instituições, e assim reconhecer quem fomos no passado, como estamos no presente e assim projetar um futuro”.

O superintendente geral do MEPES, Idalgizo José Monequi avalia que a instituição vem fazendo um debate considerando o cenário brasileiro, “É necessário aprofundarmos as relações entre grupos, de gênero, a relação patrão-empregado, numa nova concepção de desenvolvimento e de sociedade. Para o MEPES, que sempre defendeu a dignidade das pessoas, a melhoria da qualidade de vida das pessoas, sobretudo do campo, este tema nos ajuda a refletir sobre nosso papel enquanto educador nas Escolas Famílias Agrícolas”.

Para o professor Dr. Edivaldo José Bortoleto, o MEPES ganha força quando reúne os educadores para pensar a educação no horizonte mepiano, “Quando se forma o conceito de classe social, que é um conceito que emerge no século XIX, a partir dele a gente pode rastrear numa longa duração, fazer uma leitura da própria história, tendo uma visão mais ampla e alargada, sem perder que no núcleo da história reside a vida humana. Então conectar o cotidiano, a história e pensamento, entender este trânsito, isso dá uma outra abertura para entender a educação neste grande solo mais complexo que estamos discutindo”.

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